La historia de Bruria: Ghetto, living, café turco y poesía
Palavras-chave:
poesía, género, Argentina, Sara Cohen, Tamara KamenszainResumo
El regreso de la democracia a la Argentina en la década de 1980 significó, entre otros procesos, la emergencia y la pluralización de voces, sujetos y subjetividades que, desde la lengua privada y el gesto individual, parecían otorgar nuevos matices y sentidos al hilo de los días que la persecución, la tortura y el exilio habían cortado. Desde este marco me parece posible pensar la emergencia de textos poéticos escritos por mujeres, no sólo como una transformación de los roles femeninos en la escena social (con todo lo que ello implica) sino también como un proceso de creación y reflexión, donde amplias zonas de la vida privada se tejen y destejen modificando el campo de acción y de visión. Intento aquí perderme y buscar un hilo entre los textos de dos poetas judeoargentinas: Sara Cohen y Tamara Kamenszain, considerando que las condiciones materiales de su existencia, es decir el hecho de ser mujeres, de ser judías, de vivir actualmente en la Argentina y de publicar durante las últimas décadas del siglo XX y comienzos del siglo XXI, las sumerge en una particular geografía de voces y silencios desde la cual toman posiciones provisorias o definitivas al tramar el nombre propio.
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