Assobios de silêncio à espreita, manhas de uma filosofia da escrita: conversando com Noé Jitrik
DOI:
https://doi.org/10.19137/anclajes-2021-25215Palavras-chave:
Escrita, Noé Jitrik, Filosofia Cultural, Crítica latino-americana, PsicanáliseResumo
Num jogo de aproximações e evocações, Noé Jitrik nos convida, nestas páginas, a explorar o entrelaçamento mútuo do político, do literário e do psicanalítico como dimensões que permeiam a sua filosofia da escrita. Este último, cuja forma manifesta se transfigura em sua insinuação, abriga o influxo de forças na leitura e a partir daí traça seus modos e gestos. É assim que se manifestam os sedimentos e os restos constituintes de um pensamento que deslocam a ideia mecânica de mera aplicação dos discursos. Ao mesmo tempo, o poético entrelaça o latejar da linguagem que une aspectos de luta e alteridade no ato de escrever. Em consonância com o que este ato implica, avista-se um combate ao silêncio como espaço em branco e ao silenciamento gerado pelas lógicas epistêmicas hegemônicas. Neste contexto, a escrita é torcida de tal forma que outras dimensões do fracasso emergem em relação à tentativa de captar significados, preencher o silêncio ou eliminar o esquecimento. Essas faces contrárias do ato escritural acabam delineando um jogo entre memória e esquecimento, entre presença e ausência, entre impossibilidade e negatividade, que remete ao modo como espreitam os assobios do silêncio enquanto a linha floresce em sua travessura filosófica.Downloads
Referências
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