A tradução e difusão da literatura hispânica na Itália fascista
DOI:
https://doi.org/10.19137/anclajes-2021-2522Palavras-chave:
Fascismo, política cultural, literatura hispânica, Mario Puccini, Instituto Cristoforo ColomboResumo
O principal objetivo do presente artigo é demonstrar a existência de um interesse italiano pela cultura das terras estrangeiras antes da explosão dos estudos sobre a América Latina dos anos 1960. Em particular, serão investigadas as relações culturais entre a Itália, a Espanha e os países hispano-americanos nas décadas de 1920 e 1930, que lançaram um processo progressivo de disseminação e conhecimento da cultura hispânica na Itália. Com a afinidade ideológica existente entre Itália e Espanha na primeira parte do governo de Benito Mussolini, este esmerou-se em oferecer toda a visibilidade possível à literatura de língua espanhola em sua península. Ainda assim, o estudo propõe demonstrar como, apesar das razões históricas que a impulsionaram, a circulação da produção editorial hispano-americana na Itália deveu-se mais a encontros fortuitos entre editores italianos e espanhois do que a uma clara linha política do regime. Entre outros, destaca-se o nome de Mario Puccini, que, por exemplo, criou as circunstâncias para difundir as obras de Rufino Blanco Fombone e Amado Nervo na Itália. Efetivamente, o artigo destaca sua atividade profissional para então entender melhor qual foi o ponto de partida dos colaboradores do Instituto Cristoforo Colombo (1923-1935), a única entidade governamental destinada, entre outras, à promoção da cultura hispánica na Itália.Downloads
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