Proximidade e distanciamento entre as poéticas de Julio Cortázar escritor e Manuel Antín Cineasta
DOI:
https://doi.org/10.19137/anclajes-2024-2838Palavras-chave:
Julio Cortázar, Manuel Antín, Literatura argentina, Cinema, CartasResumo
A relação epistolar entre Julio Cortázar (1914-1984) e Manuel Antín (1926) durante a década de 1960 é um exercício interessante para estudar as relações entre literatura e cinema –ou vice-versa– e, num circuito mais particular, o diálogo entre duas poéticas que procuram, nas suas respectivas práticas, estar na vanguarda do processo artístico. Nesse aspecto, o entusiasmo e o distanciamento se sucedem progressivamente, e a hipótese central para explicá-los é que a poética de ambos nunca chegou a concordar em um ponto. Cortázar insiste muitas vezes na necessidade de inovar, mas construindo pontes com leitores/espectadores. A sua proposta consistia num cruzamento entre a liberdade imaginativa do surrealismo, depois de ultrapassada a sua fase neo-romântica inicial, e o compromisso ético que o existencialismo exigia, e que para ele se concretizou no romance Rayuela, escrito nesses mesmos anos. As convergências que ambos encontraram, através do correio interoceânico, para as adaptações dos contos “Cartas a mamá” e “Circe”, se diluem quando Antín lhe envia seu projeto e roteiro para filmar, baseado em outros dois contos, seu filme Continuidad de los parques (1965), que pareceu ao escritor um resultado fracassado.
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