Las bondades de un juez “justo”: el enmascaramiento oportuno del folletín. (Sobre procesos judiciales y ficciones populares en la Argentina de fines del siglo XIX)
Resumo
Durante las dos últimas décadas del siglo XIX, en Buenos Aires, es posible reconocer las aristas de un incipiente “campo literario”, que se manifiesta a partir de la creación y afianzamiento de nuevos circuitos de producción y consumo de textos, que responden a las demandas de un considerable número de lectores recientemente alfabetizados. En este proceso, el folletín —y especialmente la producción de Eduardo Gutiérrez— ocupó un lugar destacado al ofrecer una doble “complacencia” —empática y económica— que resulta útil para pensar las regulaciones coyunturales del mercado de bienes simbólicos del 80. Del proceso de escritura de su folletín Juan Moreira, nos interesa hacer un análisis de las adecuaciones ad hoc que se impusieron al texto en los elementos que acercaban una lectura política del contexto.
Intentaremos revisar estas adecuaciones mediante un cotejo entre algunos episodios referidos en las causas judiciales seguidas contra Moreira, especialmente los que involucraban al juez de paz Marañón y sus representaciones ficcionales. Los reacondicionamientos que efectuó Gutiérrez, como conocedor de este material y auténtico profesional de la literatura, nos permiten apreciar los ajustes entre las determinaciones del referente, la tradición gauchesca en la cual insertaba su obra y las urgencias contextuales del nuevo lectorado.
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