A poética da deturpação em Poesida de Abigael Bohórquez: resgatar a dignidade e retirar a vergonha diante da pandemia do HIV/aids
DOI:
https://doi.org/10.19137/anclajes-2024-2824Palavras-chave:
Abigael Bohórquez, Poesia, HIV/AIDS, Tradição, MéxicoResumo
Parte da poesia de Abigael Bohórquez (1936-1995) pode ser lida como poesia de testemunho homossexual. Especificamente, sua última coletânea de poemas, seu testamento poético, Poesida (1996), permite essa leitura, pois esse documento cruel, mas solidário, busca envergonhar o discurso heteronormativo, aquele que reagiu condenando as práticas homossexuais no auge da pandemia Hiv/Aids nas décadas de 1980 e 1990 do século XX. A Poesida será estudada a partir da poética da deturpação, como proposta de análise para a resistência dissidente à normalização discursiva que a coletânea de poemas oferece, tanto no confronto da tradição literária, quanto no espaço poético e na autobiografia referências. Bohórquez constrói um mural, um testemunho, uma série de canções e retratos para não esquecer, dignificar e resistir à vergonha com que tentaram classificar aqueles que morreram com o peso do estigma e da culpa.
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