A fuga do cotidiano: errância e afetividade em La habitación alemana, de Carla Maliandi
DOI:
https://doi.org/10.19137/anclajes-2024-2835Palavras-chave:
Carla Maliandi, Mobilidade, Vida cotidiana, século XXI, Literatura latino-americanaResumo
Focada nas divagações de uma argentina por Heidelberg após uma viagem impulsiva, La
habitación alemana (2017), da escritora argentina Carla Maliandi, aborda a mobilidade sem rumo tanto como uma viagem de desterritorialização do conhecido, quanto como um deslocamento indagativo e provisório em direção às experiências de uma infância marcada pelo exílio. Por um lado, estuda-se a errância como uma mobilidade que se situa entre os conceitos de espaço liso e espaço estriado, propostos por Deleuze e Guattari; e, por outro lado, a maneira como esse tipo de mobilidade pode ser entendida como uma força que se conecta com o caráter vibrante do ambiente, criando assim uma paisagem afetiva caracterizada pela nostalgia. Em sintonia com a falta de direção dos percursos, a nostalgia não implica apenas um retorno ao passado, mas principalmente um impulso em direção a um futuro do possível que questiona as categorias espaço-temporais.
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