Ficção e cientificismo: Opendoor e Paraísos de Iosi Havilio e La comemadre de Roque Larraquy
DOI:
https://doi.org/10.19137/anclajes-2021-2513Palavras-chave:
romance contemporâneo, cientificismo, arquivo, Iosi Havilio, Roque LarraquyResumo
A presença do cientificismo positivista do fim do século XIX é legível nos romances de Roque Larraquy (especialmente, em La comemadre, 2010) e de Iosi Havilio (Opendoor, 2006 e Paraísos, 2011) ambientados parcial ou inteiramente no século XXI. Eu argumento que Larraquy encontra em instituições e arquivos do fim do século um certo tom narrativo e um tipo de personagem, enquanto Havilio descobre uma motivação para a criação de uma personagem isenta de paixões. Para ambos romancistas, o uso do arquivo está mais aparentado com o aproveitamento narrativo do que –por exemplo, nos romances do boom– com a busca de saberes reveladores e centros de significação. A presença edilícia e textual do pouco visitado cientificismo positivista, portanto, parece mais próxima à casualidade do que à indagação. Desse modo, tanto as instituições criadas nessa época (um hospício, um sanatório, um zoológico) como seus restos textuais (uma enciclopédia de botânica, um discurso inaugural, um relato de viajantes, a revista Caras y Caretas) são recuperadas nesses romances contemporâneos a partir de respostas afetivas leves, como a curiosidade e o interesse, e espaços do acaso e do abandono, como o sótão.Downloads
Referências
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